quarta-feira, 22 de junho de 2011
Um pouco da nossa Cultura!
Os estudantes do programa Mais Educação juntamente com a Professora Gisélle Melo, estudaram através de pesquisas em livros na internet e jornais, sobre a história dos Tropeiros e sobre a Festa Nacional do Pinhão, com o objetivo de Conhecer um pouco sobre nossa história nossos valores,conscientizando os alunos sobre a importância de manter viva a nossa cultura.Os alunos confeccionaram um portifólio com desenhos e recortes das últimas edições do jornal Correio Lageano,com as informações sobre a história da Festa.Teve até uma roda da chimarrão com pinhão e muita diversão!
19ª Sapecada da Canção Nativa
Aconteceu neste domingo uma das principais atrações da Festa Nacional do Pinhão. A Sapecada da Canção Nativa é um dos maiores festivais do gênero na América do Sul e encanta o público pela beleza das composições e interpretações dos músicos.
O festival teve duração de três dias. Neste domingo ocorreu a etapa estadual. De 70 músicas inscritas, 14 foram selecionadas. Quatro foram classificadas para a etapa nacional – duas para a eliminatória de segunda-feira e duas diretamente para a final de terça.
Para a sapecada nacional foram inscritas 330 músicas, e 16 participarão da eliminatória, mais as duas que subirão da etapa estadual. Destas 18, 12 vão para a final de terça com as outras duas já classificadas anteriormente.
Assim, de um total de 400 músicas inscritas, apenas 14 estarão na elite e disputarão a prêmios em dinheiro que ultrapassam os R$ 23 mil.
A Sapecada – nome dado em alusão a uma prática iniciada pelos índios que habitaram a Serra Catarinense e ainda é muito comum na região, e que consiste em assar o pinhão diretamente em uma fogueira de grimpas, que são os ramos secos das araucárias – está entre os principais festivais de música nativista da América do Sul. Nas 18 edições anteriores, consagrou nomes reconhecidos no meio, como Elton Saldanha, Luiz Marenco e Neto Fagundes.
Que não se confunda música nativista com aquelas de dançar a noite toda em bailes tradicionalistas. Música nativista é mais tranquila, romântica e até com um certo tom de melancolia.
Ela fala das tradições do Sul, da história marcada por guerras como a dos Farrapos e a do Contestado, do homem do campo, do seu amor por uma mulher, da família e de Deus.
O último campeão da Sapecada da Canção Nativa foi o gaúcho Raineri Spohr, de 30 anos, morador de Pelotas (RS). No ano passado, de 12 premiações possíveis, ele conquistou sete, incluindo o título geral, melhor intérprete e melhor melodia com a música Até o fim dos meus dias e o terceiro lugar geral e melhor arranjo com a música Um tango com a lua.
Dos R$ 23,6 mil distribuídos nas premiações, Raineri teve acesso a R$ 15,9 mil, quase 70% do total, divididos com companheiros das músicas que participou. Neste ano, Raineri não defenderá o título, pois participará da Sapecada como um dos sete jurados.
Pablo Gomes, Lages
Este ano de 2011 os vencedores foram:
1º LUGAR
O PRIMEIRO CANTO
Letra: Sérgio Carvalho Pereira
Música: Roberto Borges
Ritmo: Milonga
Intérpretes: Luiz Marenco e Xiru Antunes
Violão e Vocal: Roberto Borges e Cícero Camargo
Guitarrón: Cristian Camargo
Baixo: Luciano Fagundes
Percussão: Davi Batuka
Acordeon: Aluísio Rockemback
2º LUGAR
A MEMÓRIA DA PEDRA
Letra: Gujo Teixeira
Música: Cristian Camargo
Ritmo: Milonga
Intérpretes: Marco Aurélio Vasconcellos, Marcelo Oliveira, Luis Marenco e Joca Martins
Violão Solo: Maykell Paiva e Luciano Fagundes
Violão: Roberto Borges
Guitarrón: Cristian Camargo
3º LUGAR
O MESMO
Letra: Fábio Maciel e Matheus Neves da Fontoura
Música: Juliano Moreno
Ritmo: Chamamé
Intérprete: Marcelo Oliveira
Violão: Daniel Cavalheiro e Carlos Madruga
Guitarrón: Juliano Moreno
Contrabaixo: Fabrício Moura
Gaita Botoneira: Marcelo Nunes
MÚSICA MAIS POPULAR
O AÇO DO TEMPO
Letra: Renato Gomes e Fabrício Costa
Música: Renato Gomes
Ritmo: Vaneirão
Intérprete: Renato Gomes
Violão e Vocal: Guaiaca e Beto Ventura
Pandeiro e Vocal: Fabrício Costa
Contrabaixo e Vocal: Celeste Matos
Carron: Tio Vina
Gaita de Botão: Renato Gomes
DEMAIS MÚSICAS PREMIADAS:
MELHOR INTÉRPRETE: Luis Marenco interpretando a música “O primeiro canto”
MELHOR INSTRUMENTISTA: Aluísio Rockemback no acordeon da música “O primeiro canto”
MELHOR LETRA: A memória da pedra
MELHOR ARRANJO: O primeiro canto
MELHOR MELODIA: Feito Alpargata
MELHOR CONJUNTO VOCAL: Chamarrita Romanceira
MELHOR TEMA CAMPEIRO: O mesmo
MELHOR TEMA SOBRE A REGIÃO SERRANA: Infância
FOTOS: VANI BOZA
Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/diariodaserra/?topo=67,2,18,,,67
XXIII FESTA NACIONAL DO PINHÃO 2011
História
Na década de 70, Lages despertou para a necessidade de organizar uma festa que destacasse o município como um pólo socioeconômico regional. Pensou-se, então, na Festa do Pinhão, a partir da idéia de preservar a cultura deste fruto primitivo, que se constitui na semente da araucária, árvore ameaçada de extinção, embora profundamente ligada à cultura e à economia regional.
Assim, com um apelo de marketing festivo-ecológico e socioeconômico, organizou-se o evento pela primeira vez em julho de 1973. A ideia germinou no Departamento Técnico de Turismo e Divulgação da Prefeitura de Lages. O Assessor de Turismo da AMURES na época, Aracy Paim, assumiu a responsabilidade de organizar a Festa, uma vez que tinha excelente relacionamento com tradicionalistas (pessoal dos CTGs, artistas, músicos, cantores e compositores).
Em outubro daquele mesmo ano organizou-se um bailão no Ginásio Ivo Silveira, em frente do qual entidades beneficentes instalaram boxes de gastronomia que ofereciam ao público o pinhão cozido e bebidas típicas da serra, especialmente ponche e quentão. Este evento foi considerado um prolongamento da 1ª Festa do Pinhão, realizada três meses antes. No entanto, como evento oficial da Prefeitura de Lages a Festa do Pinhão não foi realizada nos anos seguintes. Mesmo assim, em 1974 Aracy Paim organizou um novo bailão, agora no Clube Porteira Serrana, na avenida 1º de Maio. Ali também foi vendido o pinhão cozido e bebidas quentes – produtos típicos das festas juninas.
Já em 1976/1977, embora não se tenha informações da realização da Festa, ela foi inserida no calendário oficial de eventos da Prefeitura.De 1977 a 1982 ela foi inserida na Mostra do Campo, evento festivo promovido pela Prefeitura de Lages e que tinha por objetivo integrar as comunidades do interior e da cidade. Esta inserção, porém, se deu apenas pelo fato de que na Mostra do Campo havia sempre o pinhão cozido e as bebidas típicas de inverno.
Segundo o servidor público aposentado, Matias Liz dos Santos, que na década de 70-80 atuava no antigo Centro de Informações Turísticas (CIT), localizada no Calçadão central da cidade, onde hoje funciona um posto da PM, teria sido organizado um evento festivo, no Parque Conta Dinheiro, no início da década de 80. O evento reuniu gaiteiros, trovadores e grupos de danças tradicionalistas e promoveu a venda de produtos típicos da região, incluindo o pinhão. A iniciativa, de grande sucesso de público, levou a Prefeitura de Lages a reeditar a Festa do Pinhão em 1987 e 1988, no Parque Conta Dinheiro. Embora isso tenha ocorrido, e seja de conhecimento público, não há registros oficiais da realização dessas duas edições da Festa.
Já em 1989, a Prefeitura de Lages relançou, oficialmente o evento, desta vez com a denominação de 1ª Festa Nacional do Pinhão. Daí em diante o evento evoluiu, diversificou-se em vários aspectos e passou a ter caráter de festa gastronômica, cultural e artística, com abrangência nacional. Na área musical, principalmente, abre espaço para os artistas locais e regionais, assim como para aqueles que estão no topo da mídia nacional. Além disso, envolve um dos maiores eventos nativistas do país – a Sapecada da Canção Nativa, que reúne os grandes compositores e intérpretes da música nativista.
(Pesquisa: João Carlos Matias, Iran Rosa de Moraes – Assessoria de Comunicação Social – 3221-1061)